Idealizador – e ainda perseguidor – do conceito de favelofagia, fundador do Bando, Felipe Eugênio é um editor que mira na Casa de Las Américas, e com esse quixotismo segue encontrando palpáveis escritores com disposição de aríete diante da literatura brasileira. É historiador formado pela UERJ e mestre em Ciência da Arte pela UFF. Milita em Manguinhos desde 2003 com educação popular, onde reconhece que sua grande escola de formação política se deu como professor e coordenador pedagógico de EJA. Em 2008, criou o Ecomuseu de Manguinhos, de onde se forjou documentarista e produziu as quatro edições da Agenda Cultural Mandela Vive. Foi nesse tempo que conseguiu ter a sorte de reunir inquietos literatos para botar de pé o Bando Editorial Favelofágico. Trabalha na Cooperação Social da Presidência da Fiocruz com plataformas colaborativas e pesquisa-ação sobre promoção da saúde, arte, cultura e territórios periféricos. Nessa toada, fundou e co coordena a Periferia Brasileira de Letras, rede de coletivos literários atuante em 10 estados brasileiras. Publica em 2024 o livro “Ensaios sobre Literatura nas periferias da periferia do capitalismo”, pela Editora Rubra. É de Vila Isabel, pai de um pianista bom de bola e tem uma musa em Laranjeiras.