Os membros das Velhas Guardas são patrimônios de todos nós. Tal qual monges que orientam uma religião do alto da montanha. Ar rarefeito e mais frio. Gente com gestos vagarosos. Sabem tudo da arte desde tempos memoriais – ao menos para eles mesmos. Celeste é uma dessas divas. Da Velha Guarda de Manguinhos, a compositora se enveredou com galhardia na poesia. Quando foi provocada a fazer contos, desceu de seu santuário do cume só para exercitar subir novamente. Escrever é reescrever. Celeste se reinscreve em mais uma década como uma outra artista – que ainda é.